Os 7 Pecados na Gestão das Empresas Familiares
Você conhece o ditado: Pai Rico, Filho Nobre, Neto Pobre?
Por isso agora reformulei o ditado para: “Pai Rico, Filho Nobre, Neto Pobre e Bisneto Revoltado“.
No Brasil, 70% das empresas familiares desapareceram por conflitos familiares, envolvendo briga pelo poder e falta de profissionalização da gestão.
Encerraram atividades: Grupo Matarazzo, Arapuã, Mesbla, Mappin, JH Santos, Incosul.
Em nossa região temos excelentes exemplos de Sucessão como a Randon, Marcopolo, Tramontina e outros exemplos em pequenas e médias empresas.
É fácil separar as emoções e relações da família na empresa? NÃO.
Se predominar as emoções da família ao INVÉS DA PROFISSIONALIZAÇÃO DO NEGÓCIO = poderá quebrar a empresa e tem o risco da família quebrar junto.
A Contabilidade com foco em Controladoria Estratégica é de extrema importância no processo de profissionalização, transparência, prestação de contas (accountability) e avaliação da rentabilidade do negócio.
A Governança Corporativa vem desempenhando um papel muito importante para dar transparência nas relações através da prestação de contas, criação de conselhos (Administração, Fiscal, Família ou Consultivo) e a criação do acordo/protocolo de acionistas.
As empresas estão investindo em Governança, Gestão de Risco e Compliance, pois pequenas e grandes fraudes custam às companhias brasileiras quase 10% de seu faturamento.
O papel dos fundadores é fundamental para a sobrevivência da empresa no longo prazo. O ideal é discutir a sucessão e os herdeiros se possível escolherem o Sucessor.
Os critérios devem ser competência, conhecimento do negócio e formação acadêmica.
Entre as principais causas para a sucessão não dar certo estão:
– Excesso de autoconfiança do sucedido e falta de formação;
– Conflito de ideias e falta de experiência;
– Concessão de cargos ou entrada de herdeiro no negócio sem critérios ou avaliação do perfil.
Entre as principais dicas para dar certo um bom processo de sucessão estão:
– Incentivar os filhos a conhecerem a empresa desde pequeno;
– Cuidado para não pressioná-los a se juntar à empresa de forma forçada;
– Incentivar a tocar negócios próprios;
– Trabalharem em outras empresas, antes de vir para a empresa da família.
Após 37 anos trabalhando e aprendendo com as Empresas Familiares, identifiquei Os 7 Pecados na Gestão dessas empresas:
1) O fundador não preparou a sucessão ou não houve tempo: alguns fundadores preocupados com o negócio, não preparam um processo de sucessão e não criaram uma visão de longo prazo.
2) Conflitos Familiares: em torno de 70% das empresas familiares no Brasil desapareceram por brigas societárias. A briga pelo poder, falta de diálogo entre os herdeiros e dificuldade de separar a família do negócio.
3) Falta de interesse no negócio da família: fundador leva o herdeiro para a empresa sem perguntar se o mesmo tem interesse em entrar no negócio da família.
4) Retiradas excessivas de Pró-Labore e Distribuição de Lucros: não haver limitação de quanto pode ser retirado do caixa da empresa ou excesso de familiares dependendo do negócio familiar.
5) Falta de profissionalização: não profissionalizar o negócio e não ter um plano de sucessão são os principais fatores para os insucessos nas empresas familiares. Sempre é interessante ter profissionais de mercado junto com os familiares que estão na gestão da empresa. Bom Filho nem sempre é bom Gestor!!!
6) Falta de prestação de Contas: a falta de Prestação de Contas, também é um fator crítico nas empresas familiares. Falta de transparência pode gerar desconfianças entre as pessoas.
7) Não ter uma regra clara para entrada de Herdeiros/Sucessores: não ter um Acordo/Protocolo de Sócios e um Conselho de Família ou no mínimo um Conselho Consultivo, são riscos para a empresa.
“Quem Planeja tem futuro, Quem não Planeja tem Destino“ – Autor Volnei F de Castilhos